domingo, 28 de abril de 2013

imensidão

Vou para a praia todos os anos. Não por ser fã da multidão ou da areia ou o sol escaldante. Mas o mar me fascina. Sempre me fascinou. 
Não hesito na hora de entrar na água fria. Agradeço por ela. Ando tranquilamente até a arrebentação, esperando a próxima onda. Então me viro para a areia, e abro os braços, como uma figura de proa. E então a onda vem, e eu pulo e me ergo, e naquele único segundo eu fico acima de todos e vejo a todos e tudo. 
Repito isso várias vezes ao longo do dia, até meu corpo cansar, mas a sensação não desaparece. O mar me pertence. E no segundo em que fico acima do mundo, tudo me pertence, tudo sou eu. 
E eu sou tudo.

19/02/2013

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