Vou para a praia todos os anos. Não por ser fã da multidão ou da areia ou o sol escaldante. Mas o mar me fascina. Sempre me fascinou.
Não hesito na hora de entrar na água fria. Agradeço por ela. Ando tranquilamente até a arrebentação, esperando a próxima onda. Então me viro para a areia, e abro os braços, como uma figura de proa. E então a onda vem, e eu pulo e me ergo, e naquele único segundo eu fico acima de todos e vejo a todos e tudo.
Repito isso várias vezes ao longo do dia, até meu corpo cansar, mas a sensação não desaparece. O mar me pertence. E no segundo em que fico acima do mundo, tudo me pertence, tudo sou eu.
E eu sou tudo.
19/02/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário