domingo, 12 de junho de 2011

le toi du moi

Uma, duas, três passaram na sua frente. Apenas um olhar foi o suficiente para saber que não eram as certas. Não eram a que ele queria. Não eram ela, pois ela era única. Ele também não sabia quem era ela. Estava há dias esperando por ela, e ela não vinha. Talvez, talvez fosse seu dia de sorte.
O vento soprou, fazendo as árvores murmurarem umas com as outras. Um carro estacionou ali perto, o único tão tarde. Sim, era ela quem saiu do automóvel, e mais linda impossível. Tinha os cabelos negros, compridos, uma franja comprida escondia a testa. A pele parecia doentiamente branca no escuro, fazendo um contraste gritante com os cabelos e o casaco de couro negro. Ela não o viu se aproximar.
Puxou-a com força, fazendo com que ela caísse de costas no chão. Seus olhos se arregalaram, mas na surpresa, ela não soltou nenhum som. Pegou o canivete de seu bolso, e o aproximou do rosto da mulher. Ela era nova, não podia ter mais de 25 anos. Sua pele era macia quando ele deslizou a lâmina pela sua garganta. Ela tentou falar, mas só saíram pequenos ruídos pela sua boca. O sangue manchou sua blusa branca.
Ele inspirou com força, sentindo o cheiro do perfume da mulher. Era algo doce, meio enjoativo. Mas já estava sendo dominado por sal e ferrugem. Pelo cheiro do sangue, que escorria grosso e quente pelo pescoço branco da mulher.
Não se arrependia. Sua missão estava completa. Levantou-se e se afastou calmamente.

12/6/11

2 comentários:

Carol Bueno disse...

mas que q a guria fez tadinha? ç-ç

nedelande disse...

Gostei Juju